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A tecnologia não cria comportamentos tóxicos, mas pode amplificá-los em uma geração sem competências socioemocional.

Por: Thereza Rodrigues



O Projeto Mãe Pixel defende a ideia de que a tecnologia não cria comportamentos tóxicos, mas pode amplificá-los em uma geração que ainda está em processo de formação socioemocional.

O desenvolvimento socioemocional envolve a capacidade de entender e gerenciar emoções, estabelecer relacionamentos saudáveis, tomar decisões responsáveis e agir com empatia e autocontrole. Essas habilidades são essenciais para a formação do caráter.

Quando um adolescente aprende a regular suas emoções, compreender as necessidades dos outros e agir de maneira ética e responsável, isso reflete diretamente no desenvolvimento de sua personalidade. A personalidade, que engloba tanto qualidades quanto defeitos, é o que orienta a conduta e a moralidade do indivíduo.

Ao focar no desenvolvimento socioemocional dos jovens digitais, o Mãe Pixel propõe ferramentas que reforçam competências como autocontrole, empatia, responsabilidade e tomada de decisões conscientes.

A sociedade precisa entender que essas competências são educativas e precisam ser ensinadas. Jovens que não desenvolvem essas capacidades tendem a agir de forma impulsiva e, muitas vezes, destrutiva. Isso se torna ainda mais evidente quando a tecnologia facilita comportamentos sem a devida reflexão sobre as consequências.

Nas redes sociais, onde a expressão é imediata e há pouca percepção sobre a importância dos filtros, vemos com frequência a exposição das fragilidades emocionais dos nativos digitais. Esses jovens, pressionados pela busca de aceitação e pela influência social—o que é natural na adolescência—podem se envolver em comportamentos prejudiciais, movidos pelo “efeito manada”.

Aqui reside a importância de fortalecer o desenvolvimento socioemocional para que esses jovens digitais possam navegar nesse ambiente de maneira ética e responsável.

É fundamental oferecer uma educação voltada para a cidadania digital que inclua ferramentas para o desenvolvimento socioemocional. O papel das instituições educativas deve ir além de simplesmente ensinar tecnologia ou abordar temas como cyberbullying em palestras. A chave é integrar o desenvolvimento socioemocional ao currículo escolar e implementar ações contínuas que ajudem a construir empatia, autorregulação emocional e uma tomada de decisão ética.

Quando os jovens aprendem a identificar e gerenciar suas emoções e compreendem o impacto de suas ações nos outros, eles se tornam mais resilientes e responsáveis, tanto no mundo digital quanto no físico.

Ao proporcionar oportunidades para que esses adolescentes desenvolvam suas habilidades tecnológicas em conjunto com uma educação emocional sólida, podemos transformar o cenário atual. A tecnologia, em vez de amplificar comportamentos negativos, passa a ser uma poderosa ferramenta para o bem.



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